quinta-feira, 14 de abril de 2011

Os Restos de Realengo

Pois é amigos... Uma semana se passou desde aquele trágico dia no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro. E passado esse tempo, fico a me perguntar e observar o que ficou deste triste episódio do nosso país.

A primeira conclusão a que chego é que, infelizmente, ao contrário de outros países, o Brasil não aprende com as suas tragédias, sejam elas em escolas, estradas, hospitais, favelas, condomínios de luxo ou outro lugar qualquer onde ocorra alguma tragédia ligada à violência. Começo a acreditar que a natureza do brasileiro é o conformismo. Como já escrevi em outros textos, nós, brasileiros (também me incluo!), nos conformamos com tudo.

Aos poucos iremos nos conformar com malucos invadindo escolas e matando crianças inocentes. Assim como já nos conformamos com a falta de segurança, com sequestros relâmpagos, com a falta de saneamento básico, com o tráfico de drogas, com a carnificina no trânsito, com o extermínio de jovens, e por aí vai.

Outra coisa que fica do massacre carioca é o medo e a insegurança (como se fosse preciso a invasão da escola para percebermos a falta de segurança e o medo reinantes em nosso país). Qualquer instituição ou local é vulnerável. Qualquer pessoa entra em qualquer lugar, de qualquer forma. Como poderemos nos sentir seguros em escolas, cinemas, teatros, faculdades, no trabalho, na rua? Conviver com essa sensação de medo, infelizmente, é para os brasileiros uma triste e amarga realidade.

E por último, mas não menos triste, fica o exemplo do caso do Realengo. Exemplo que muitos jovens querem seguir, de se tornar "famoso" por um "ato de coragem". Durante essa semana, houveram vários casos de crianças e adolescentes que foram flagrados com armas de fogo na escola. Com certeza "incentivadas" pelo fato ocorrido semana passada.

Apenas espero que não tenhamos mais episódios como este, e que nossas crianças queiram a paz, e não viver em um mundo de aparência, posses, dinheiro, violência, nudez gratuita, banalização do sexo e muitas outras coisas nesse sentido. Espero que essas crianças queiram apenas realizar os seus sonhos, sem precisar ou querer destruir os sonhos dos outros.

E quanto a nós, adultos, que tenhamos mais poder de indignação, que consigamos ver (ou queiramos ver!) as mazelas de nossa sociedade, lutar contra elas, protestar, sair às ruas, e sejamos assim exemplos de verdade para o nosso país e nossas crianças!



Diego Moreira
Administrador, empresário e aspirante a palestrante.
Apaixonado por carnaval, música, cerveja e mulher (não necessariamente nessa mesma ordem!), é torcedor fanático do Colorado e da Escola de Samba Unidos da Cova da Onça. Acredita no potencial humano, porém anda um pouco desacreditado com a humanidade como um todo.
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