sábado, 12 de novembro de 2011

PITACOS DO CABIRITA - Universitários em Busca de Liberdade ou Libertinagem?

Nada mais notório nas últimas semanas do que alguns universitários da USP, em São Paulo.

Mas o que estes universitários, que se dizem defensores da liberdade, procuram? Muitos queixam-se de que a polícia militar do estado de São Paulo comete abusos dentro do campus da universidade.

Mas será que, talvez, não seriam estes acadêmicos, membros de um pequeno grupo em relação ao número total de estudantes da universidade, que estariam cometendo abusos?

Dizem que os protestos começaram após a polícia deter um grupo de estudantes fumando maconha dentro dos limites da universidade. Então pergunto: será que estes jovens estão buscando liberdade para todos ou libertinagem para si, para poderem consumir todo e qualquer tipo de drogas lícitas ou ilícitas onde e quando puderem?

Além do mais, ainda há a questão eleitoral que quase iniguém aborda. Seria este grupo de estudantes membros de uma facção política de dentro da USP querendo se fazer de detentores das vozes universitárias, quando na verdade estão apenas usando uma situação e uma causa própria em prol de seus interesses. Bem familiar ao Brasil, não acham?

A questão principal é que muitas vezes nos orgulhamos da participação dos jovens nas mudanças políticas, sociais e econômicas do nosso país. Mas acredito que agora até os jovens estão contaminados com a "Síndrome do Brasil", onde não interessa nenhum pouco como os outros estão ou ficarão, desde que os interesses, egos e propósitos de uma minoria sejam preponderantes...

É melhor o Brasil, ou melhor, nós, darmos a devida atenção a este assunto, e que estes jovens que se dizem "defensores da liberdade", tenham, como disse Geraldo Alckmin, uma aula de democracia. Nunca ouvi falar que depredar patrimônio público, usar capuz e fumar maconha sejam indícios de liberdade. Para mim, isso se chama libertinagem.

É hora de estes jovens serem tratados da mesma forma como agem: vândalos marginais, que não respeitam a propriedade particular e a propriedade alheia!



Diego Moreira

Administrador, empresário e aspirante a palestrante.
Apaixonado por Carnaval, música, cerveja e mulher (não necessariamente nessa ordem!). É torcedor fanático do Colorado e da Escola de Samba Unidos da Cova da Onça. Acredita no potencial humano, porém anda um pouco desacreditado com a humanidade como um todo.
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sábado, 29 de outubro de 2011

PLACAR GERAL - E Porto Alegre ficou sem a Copa das Confederações... E o Inter ficou sem o titulo...

Com o anúncio das cidades sedes da Copa das Confederações, se confirmou o que eu já sabia: Porto Alegre está fora da Copa das Confederações.

O Internacional deu bobeira, com o embrólio com a construtura, fazendo com que a obra fique parada há mais de dois meses, atrasando todo o cronograma. Ressalto que o Beira Rio não está nem entre as possíveis sedes.

Por incompetência da diretoria, o Clube do Povo corre risco inclusive de, talvez, ficar de fora até da Copa do Mundo, na medida em que a nova Arena do Grêmio está com as obras a todo vapor. É melhor o Inter abrir o olho, se não ficará sem a Copa do Mundo.

Assim como o time ficou sem o título depois do jogo deste domingo contra o Corinthians. Mais uma vez em casa, o Colorado bobeou e mais uma vez (pra variar!) perdeu pontos preciosos na luta pelo título. Estando há nove pontos do líder Vasco da Gama, eu, apesar de colorado, considero que o time rubro deu adeus à disputa pelo título.

Resta agora ao Campeão de Tudo continuar lutando por uma vaga na Libertadores. Tudo ajudou... Botafogo e Fluminense perderam, o São Paulo empatou, mas o Inter não se ajudou. Jogou mais uma vez melhor que o adversário, mas não traduziu isso em gols.

Com um futebol até ofensivo, mas burocrático, com toques lateriais ao invés de jogadas em profundidade, o Colorado só saiu na frente porque o Coringão teve Alessandro expulso ainda no primeiro tempo. Nei fez o gol de bola parada (com bola rolando o time não faria gol nunca!), e a partir daí, o Internacional ficou esperando o Corinthians e tocando bola no seu próprio campo de defesa... Inadmissível para um time que está ganhando, e com um jogador a mais...

Então, eis que aos 42 minutos do segundo tempo, D'Alessandro faz uma falta na intermediária, e recebeu cartão amarelo com justiça. O problema é que o argentino já tinha cartão amarelo (mais uma vez recebido por reclamação). Expulso.

Não bastando isso, o quase sempre espetacular Muriel falhou duplamente. Colocou dois homens apenas na barreira (mesmo sendo o batedor Alex, que pega muito bem na bola), e na batida caiu atrasado, e o Inter deixou escapar três pontos que o colocariam na briga direta pelo título do Brasileirão 2011.

Assim como o Inter perdeu a Copa das Confederações, perdeu também o título brasileiro por causa de sua própria incompetência!



Diego Moreira

Administrador, empresário e aspirante a palestrante.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

PITACOS DO CABIRITA - Caso Valdomiro dos Santos: o colapso do Estado

O aposentado Valdomiro dos Santos, que morreu no Rio de Janeiro, foi mais uma vítima do colapso em que se encontra o Estado. E quando me refiro a Estado, não estou dizendo o estado do Rio de Janeiro, mas sim ao Estado Brasil, como Instituição, conjunto de União, Estado e Município.

O aposentado foi vítima do Estado duas vezes: a primeira, quando ao entrar por engano em uma favela, foi baleado por bandidos ao tentar sair do alcance dos marginais, e a segunda vez, quando esperou por quase vinte e quatro horas por uma vaga na UTI de algum hospital público do Rio de Janeiro.

O aposentado só foi baleado por que não havia, e nem existe segurança, um dever do Estado, que em muitos lugares não consegue manter a lei e a ordem devido ao sucateamento das armas e veículos, bem como das instalações das polícias. Isso sem falar nos presídios superlotados, em condições desumanas, que ao invés de fazer seu papel de reestruturar o ser humano, hoje nada mais são do que uma fábrica de bandidos cada vez mais perigosos para a sociedade e mentalmente desequilibrados.

E após ser baleado, ficou esperando por uma UTI quase vinte e quatro horas, o que é inadmissível, ainda mais se lembrarmos da carga tributária que somos obrigados a pagar, recebendo este tipo de "saúde" em contrapartida. Embora a Central de Regulação de Leitos do Rio de Janeiro diga que há leitos em UTI's suficientes, por quê o aposentado não foi designado para um desses leitos? Pelo simples fato de que não havia! A calamidade da saúde no Brasil é clara e inapelável! Semanas para conseguir uma consulta pelo SUS... Um exame então, nem se fala... Meses pra esperar... Até o exame ser realizado, ou o paciente já melhorou sozinho ou o paciente morreu!

Esta, meus amigos, é a situação dos serviços públicos no nosso Brasil. E estamos falando apenas da segurança e da saúde. Se formos falar de saneamento básico, habitação, transportes, cidadania, lazer, escreverei um post gigantesco!

E assim seguimos, como bons brasileiros, apesar do colapso do Estado, que deveria prover tudo isso, continuamos acreditando e tendo esperança. Mas ter esperança sem ação de nada adianta! Enquanto os verdadeiros cidadãos brasileiros não se indignarem, essa situação persistirá e continuaremos assim: BRASILEIROS BOBÕES, ESPERANDO ALGUÉM FAZER ALGO POR NÓS...


Diego Moreira
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

PITACOS DO CABIRITA - Geração de Idiotas Mimados

Começo este PITACOS DO CABIRITA com uma pergunta: você é feliz?

Você já parou para pensar que tem tudo "na sua mão" e mesmo assim sempre está reclamando?

"Este refrigerante não está bem gelado!" "Esta comida podia estar melhor!" "Meu carro está falhando!"

Estes são apenas alguns exemplos de resmungos que você deve dar todos os dias. Você consegue perceber as maravilhas de que faz parte o tempo inteiro? Das coisas que usa e que beneficiam você em tempo integral? Dos milagres propiciados por seres humanos que você é agraciado?

Imagine-se vivendo no século XVII, sem automóvel, sem médicos, sem hospitais, sem educação, sempre á luz do lampião?Como você viveria?


Hoje, temos praticamente tudo ao nosso alcance, na nossa mão, e mesmo assim insistimos em reclamar! De tudo e sempre! Você já notou que reclama até das pessoas? "Nossa, como minha mãe é chata!", ou "querida, não enche meu saco". Pode parecer meio clichê falar, mas pelo menos você tem uma mãe que se importa com você! Pelo menos você tem uma esposa que lhe ama.



Na verdade, como o carinha do vídeo acima coloca, somos, na maioria, idiotas mimados, que acreditamos na obrigação do mundo para conosco, sem sequer pensar por um segundo na obrigação que nós temos com os outros e nossa situação a colaboração com a sociedade.

Queremos ter tudo sem dar nada! Definitivamente, somos uma geração de idiotas mimados!


Diego Moreira
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

VOZ FEMININA - A Verdade Dói

A verdade dói.

Principalmente nos corações amargurados pelo reacionarismo.

O ódio atravessa as décadas.

Brizola, herói da Legalidade, continua sendo odiado pelos conservadores.

Odiado por ter feito a primeira reforma agrária consequente do Rio Grande do Sul, no Banhado do Colégio, em Camaquã.

Odiado por ter espalhado escolas pelo Estado.

Odiado por ter resistido ao golpe dos militares associados aos civis conservadores, em 1961.

Odiado por ter encampado empresas multinacionais parasitas nos setores de eletricidade e telefone.

Odiado por ter escapado das garras dos milicos ditadores, em 1964.

Jango também é odiado.

Odiado por não ter sido fraco como tentam dizer.


Mas por ter sido negociador, ponderado, inteligente e estadista.

Odiado por ter começado reformas fundamentais para tirar milhões de brasileiros do atraso.

Foi derrubado do poder por estar derrubando privilégios seculares.

Odiado, como ainda lembrou ontem o governador Tarso Genro, por ser um fazendeiro, visto como traidor da classe, fazendo reforma agrária.

Odiado por não ter proporcionado o banho de sangue que, na armadilha proposta, faria dele um carniceiro defendendo seus poderes.

Os idiotas da ideologia dissimulada em ponderação queriam que Brizola tivesse ficado no Brasil para ser preso, humilhado, torturado.

Os idiotas da ideologia fantasiada de falsa valentia queriam que Jango e Brizola colocassem seus pescoços à disposição dos verdugos.

A verdade dói.

Ela é clara: na vida, temos poucas chances de mostrar heroísmo.

Jango e Brizola aproveitaram as suas chances.

A verdade dói.

Brizola foi herói.

Jango também.

Aqueles que chegaram a ser tratados comobandidos ou traidores, foram heróis.

Em 1961, ao levantar-se contra o golpe, Brizola entrou para sempre na galeria dos poucos heróis brasileiros.


Muitos militares, mesmo conservadores, tiveram atitudes exemplares.

O general Machado Lopes, comandante do III Exército, homem conservador, anticomunista de carteirinha e que não gostava de Brizola, viveu um drama interior espetacular:sua vida e sua formação diziam para seguir a hierarquia militar. A sua consciência disse-lhe para ficar ao lado da constituição, junto com Brizola.

Foi o que ele fez.

Desconhecer o heroísmo de Brizola em 1961 é pura inveja, rancor, ressentimento, conservadorismo tacanho, desconhecimento da História, ideologia rançosa.

Juremir Machado



Núbia Dutra

17 anos, militante do PDT e secretária de M. Estudantil

Uma jovem batalhadora, adora comentar sobre moda, política, adolescência e feminismo.

Sempre levando a vida com a maior fé e alegria, tentando descobrir os enigmas do dia-a-dia.

SIGA NO TWITTER: twitter.com/nubiadutrapj


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

VIDA DE CÃO - Conselhos

Sei que estive sumido do Blog, mas estou de volta. Em outra coluna explico o porquê do meu sumiço.

Hoje, só quero deixar uma mensagem de ânimo para a vida dos meus fãs, mais especificamente três... Minha mãe, meu pai e minha irmã.

Caso vocês gostem, podem "pegar" essa lição de vida para vocês também...


- Se como eu, algum dia, viajando, vocês ficarem depressivos por nada...


Pense bem... Uma placa não pode mudar a sua vida!!!


- Em sua vida acontecem coisas que te fazem perder a cabeça???


Fique tranquilo, ela pode estar bem mais perto do que tu pensas!!!


- Às vezes nos questionamos do porquê da vida parecer difícil...


Pare e pense, com certeza pode ter alguém passando mais dificuldade!!!


- Para algumas pessoas, sair mal em uma foto já é um caos...


Agradeça a Deus que em sua geração já inventaram a fotografia e o Foto Shop!!!


- Até a comida parece não ter graça, e qualquer lanche surge como uma solução...


Pense bem, aquele suculento cachorro quente não pode ser melhor que a comidinha da mamãe!!!


- Nem defecar mais lhe agrada... Ir aos pés parece um sacrifício incomparável...


Pelo menos, é a única hora do dia em que podemos fazer merda e ninguém vai reclamar!!!


- Tudo que acontece todos os dias parece como uma bolada no saco...


Acreditem... Levar boladas no saco todo dia iria desfigurar o seu instrumento (^)!!!


Enfim, a dica que posso dar para vocês é... Acreditem no seu anjo da guarda que tudo faz para melhorar as suas vidas e lehes acompanha sempre.


Vá que esse anjinho seja uma gostosa e algum dia se materialiaze para te agradar um pouquinho... Sei lá, tudo é possível (diz a Eliana)... Quer dizer... Quase tudo!!!


Caso isso não aconteça, fazer o que, essa é nossa VIDA DE CÃO!




Giovani Moreira
Professor licenceado em Letras.
Contista, cronista, humorista, gremista, e alguma coisa mais com "ista".
Apaixonado por média STAND UP (estudando muito para isso!) e também por teatro.
Um católico que não nasceu nesste mundo só para "mamar na teta", mas para fazer a diferença.
SIGA NO TWITTER: www.twitter.com/conguinho_pj

terça-feira, 28 de junho de 2011

DE TUDO UM POUCO - Música

E aí pessoal!

Tem novidade no Blog KH!

Para reforçar nosso time de blogueiros, temos agora uma nova companheira: Frãn Fresinghelli.

Essa moça lá do Itaqui grande agora faz parte do Blog KHurto CirKHuito.

Deliciem-se agora com o primeiro texto da nossa mais nova escritora:



Quem não gosta de ouvir uma boa música?

Quem não tem uma preferida?

Quem nunca se emocionou escutando uma?

Quem nunca teve seus pensamentos expressos por alguma?

Pois é, a música tem uma grande importância em nossas vidas. Vários estudos foram feitos sobre os efeitos da música, e não somente em humanos.

Nossa relação com a música começa desde o início de nossas vidas. É comum pais cantoralarem para ninar seus filhos; crianças ganharem instrumentos musicais de brinquedo; professores de séries iniciais ensinarem músicas lúdicas para as crianças; enfim.

Um consultor de Psicologia do Esporte da Universidade de Brunel (Inglaterra), Costas Carageorghis, desenvolveu a seguinte pesquisa: mais de sete mil corredores de uma meia maratona foram submetidos a um poderoso estimulante para aumentar a performance na corrida. Esse estimulante era simplesmente música pop!

Alguns dos pesquisadores conseguiram concluir que algumas trilhas sonoras podem ser mais poderosas do que as famosas substâncias ilegais, que são frequentemente flagradas em exames anti doping.

Outro fato interessante é a reação dos bebês perante o som. Em um estudo, pesquisadores norte americanos descobriram que bebês sabem distinguir músicas alegres e tristes. Os pequenos passaram por testes musicais, escutando músicas de Beethoven e outras com tons mais compassados. Quando os cientistas liberavam a canção triste, paravam-na e em seguida reiniciavam-na, e os recém nascidos adotavam uma postura facial emocionalmente neutra. No entanto, quando "Ode to Joy" era tocada, os bebês apresentavam um considerável interesse, fitando os olhos por alguns segundos.

Já com crianças de nove meses, os cientistas identificaram que o resultado era exatamente o oposto, e elas fixavam os olhos ao escutar as canções tristes.

Se eu for mencionar todos os estudos feitos para comprovar o poder da música sobre nós, aqui ficarei por dias escrevendo. Portanto, vou direto ao fato que me fez escolher esse tema: minha relação com a música!

Sou pejoteira* desde os onze anos de idade, e sempre entendi melhor as coisas escutando as músicas da Missa! Elas sempre chegaram mais fácil ao meu coração. Mas no último trimestre do ano passado pude sentir além da mensagem que a música me passava, a importância e a força dela sobre mim.

Tive a oportunidade de protagonizar em uma encenação que fala sobre a tentações mundanas e o caminho do bem, e digo, ainda meio surpresa, que a música tema da encenação me fez entender seis anos de atuação dentro da Igreja. O nome da canção é Everything, por Lifehouse. A música mais importante da minha vida! Talvez até nem eu consiga transmitir o sentimento que carrego vinculado a esse fato, mas quero deixar aqui um pouquinho do bem que sinto ao escutar músicas.

Video Clipe: Lifehouse - Everything

As músicas tocam fundo dentro de nós, nos trazem à tona sentimentos que às vezes escondemos ou talvez nem saibamos que existem. As músicas nos marcam. Ensinam-nos. Chegam facilmente à nossa alma e nos encantam.

Muitos de nós escutam elas todos os dias, e repetimos várias e várias vezes. Algumas vezes as mensagens passam meio despercebidas, outras, cantamos sem escutar, ou ainda, paramos tudo somente para ouvi-las.

O fato é que todos, sim, todos nós, temos alguma relação com o som, e ele faz parte de nossas vidas. Portanto, vamos fazer como mais um dos estudos indica: escutar ao menos uma música no dia. Faz bem à mente, é relaxante e estimulante.


PEJOTEIRO*: termo usado para quem participa da Pastoral da Juventude, uma Pastoral da Igreja Católica Apostólica Romana onde os adolescentes e jovens são atuantes.



Frãn Fresinghelli
Jovem católica, de personalidade forte e decidida.
Sem rodeios, gosta de ir direto ao ponto, mostrando que o Itaqui grande é muito mais do que se imagina por aí.
Pejoteira e escritora nas horas vagas, um dia chegará na Academia Brasileira de Letras, se tudo correr bem.
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

EU NÃO GOSTAVA DO PAPA JOÃO PAULO II!

Escrevo enquanto vejo a morte do Papa na TV. E me espanto com a imensa emoção mundial. Espanto-me também comigo mesmo: “Como eu estou sozinho!” - pensei.

Percebi que tinha de saber mais sobre mim, eu, sozinho, sem fé alguma, no meio desse oceano de pessoas rezando no Ocidente e Oriente.

Meu pai, engenheiro e militar, me passou dois ensinamentos: ele era ateu e torcia pelo América Futebol Clube. Claro que segui seus passos. Fui América até os 12 anos, quando “virei casaca” para o Flamengo (mas até hoje tenho saudade da camisa vermelha, garibaldina, do time de João Cabral e Lamartine Babo) e parei de acreditar em Deus.

Sei que “de mortuis nihil nisi bonum” (“não se fala mal de morto”), mas devo confessar que nunca gostei desse Papa.

Por quê? Não sei. É que sempre achei, nos meus traumas juvenis, que Papa era uma coisa meio inútil, pois só dava opiniões genéricas sobre a insânia do mundo, condenando a “maldade” e pedindo uma “paz” impossível, no meio da sujeira política.

Quando João Paulo entrou, eu era jovem e implicava com tudo. Eu achava vigarice aquele negócio de fingir que ele falava todas as línguas. Que papo era esse do Papa? Lendo frases escritas em partituras fonéticas... Quando ele começou a beijar o chão dos países visitados, impliquei mais ainda. Que demagogia! - reinando na corte do Vaticano e bancando o humilde...

Um dia, o Papa foi alvejado no meio da Praça de São Pedro, por aquele maluco islâmico, prenúncio dos tempos atuais. Eu tenho a teoria de que aquele tiro, aquela bala terrorista despertou-o para a realidade do mundo. E o Papa sentiu no corpo a desgraça política do tempo. Acho que a bala mudou o Papa. Mas fiquei irritadíssimo quando ele, depois de curado, foi à prisão “perdoar” o cara que quis matá-lo. Não gostei de sua “infinita bondade” com um canalha boçal. Achei falso seu perdão que, na verdade, humilhava o terrorista babaca, como uma vingança doce.

E fui por aí, observando esse Papa sem muita atenção. É tão fácil desprezar alguém, ideologicamente... Quando vi que ele era “reacionário” em questões como camisinha, pílula e contra os arroubos da Igreja da Libertação, aí não pensei mais nele...Tive apenas uma admiração passageira por sua adesão ao Solidariedade do Walesa mas, como bom “materialista”, desvalorizei o movimento polonês como “idealista”, com um Walesa meio “pelego”. E o tempo passou.

Depois da euforia inicial dos anos 90, vi que aquela esperança de entendimento político no mundo, capitaneado pelo Gorbatchev, fracassaria. Entendi isso quando vi o papai Bush falando no Kremlin, humilhando o Gorba, considerando-se “vitorioso”, prenunciando as nuvens negras de hoje com seu filhinho no poder.

Senti que o sonho de entendimento socialismo-capitalismo ia ser apenas o triunfo triste dos neo-conservadores. O mundo foi piorando e o Papa viajando, beijando pés, cantando com Roberto Carlos no Rio. Uma vez, ele declarou: “A Igreja Católica não é uma democracia”. Fiquei horrorizado naquela época liberalizante e não liguei mais para o Papa “de direita”.

Depois, o Papa ficou doente, há dez anos. E eu olhava cruelmente seus tremores, sua corcova crescente e, sem compaixão alguma, pensava que o Pontífice não queria “largar o osso” e ria, como um anticristo.

Até que, nos últimos dias, João Paulo II chegou à janela do Vaticano, tentou falar... e num esgar dolorido, trágico, foi fotografado em close, com a boca aberta, desesperado.

Essa foto é um marco, um símbolo forte, quase como as torres caindo em NY. Parece um prenúncio do Juízo final, um rosto do Apocalipse, a cara de nossa época. É aterrorizante ver o desespero do homem de Deus, do Infalível, do embaixador de Cristo. Naquele momento, Deus virou homem.

E, subitamente, entendi alguma coisa maior que sempre me escapara: aquele rosto retorcido era o choro de uma criança, um rosto infantil em prantos!

O Papa tinha voltado a seu nascimento e sua vida se fechava.

Ali estava o menino pobre, ex-ator, ex-operário, ali estavam as vítimas da guerra, os atacados pelo terror, ali estava sua imensa solidão igual à nossa. Então, ele morreu.

E ontem, vendo os milhões chorando pelo mundo, vendo a praça cheia, entendi de repente sua obra, sua imensa importância. Vendo a cobertura da Globo, montando sua vida inteira, seus milhões de quilômetros viajados, da África às favelas do Nordeste, entendi o Papa. Emocionado, senti minha intensíssima solidão de ateu. Eu estava fora daquelas multidões imensas, eu não tinha nem a velha ideologia esfacelada, nem uma religião para crer, eu era um filho abandonado do racionalismo francês, eu era um órfão de pai e mãe.

Aí, quem tremeu fui eu, com olhos cheios d’água. E vi que Karol Wojtyla, tachado superficialmente de “conservador”, tinha sido muito mais que isso. Ele tinha batido em dois cravos: satisfez a reacionaríssima Cúria Romana implacável e cortesã e, além disso, botou o pé no mundo, fazendo o que italiano algum faria: rezar missa para negões na África e no Nordeste, levando seu corpo vivo como símbolo de uma espiritualidade perdida. O conjunto de sua obra foi muito além de ser contra ou a favor da camisinha.

Papa não é para ficar discutindo questões episódicas. É muito mais que isso. Visitou o Chile de Pinochet e o Iraque de Saddam e, ao contrário de ser uma “adesão alienada”, foi uma crítica muito mais alta, mostrando-se acima de sórdidas políticas seculares, levando consigo o Espírito, a ideia de Transcendência acima do mercantilismo e ditaduras. E foi tão “moderno” que usou a “mídia” sim, muito bem, como Madonna ou Pelé.

E nisso, criticou a Cúria por tabela, pois nenhum cardeal sairia do conforto dos palácios para beijar pé de mendigo na América Latina. João Paulo cumpriu seu destino de filósofo acima do mundo, que tanto precisa de grandeza e solidariedade.

Sou ateu, sozinho, condenado a não ter fé, mas vi que se há alguma coisa de que precisamos hoje é de uma nova ética, de um pensamento transcendental, de uma espiritualidade perdida. João Paulo na verdade deu um show de bola.

Arnaldo Jabor



Diego Moreira
Administrador, empresário e aspirante a palestrante.
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terça-feira, 17 de maio de 2011

O MISTÉRIO AZUL

Todos devem ter visto a rodada dos campeonatos estaduais neste fim de semana último. Com certeza, a final mais emocionante de todos os estaduais foi a gaúcha, com um greNAL como há muito não se via.

Emoção, raça, entradas firmes (porém leais), e claro, bom futebol. A final da Gauchão demonstrou a paixão gaúcha pelo futebol, e ao assistir o jogo fiquei a me perguntar: qual será o grande mistério azul?

O que faz com que um simples clube de futebol arraste milhares de pessoas para um estádio com o estado de conservação no mínimo duvidoso? O que leva torcedores a exaltar Junior Viçosa como craque? E por último: o que leva um time a se auto proclamar imortal (logicamente, com toda a humildade) e chamar de "épico" um título da segunda divisão nacional?

Sinceramente, pensei várias vezes nisso, sem encontrar respostas. Porém, ao terminar o jogo do último domingo, consegui deslumbrar a resposta ao enigmático mistério azul.

A resposta foi uma surpresa para mim, ainda mais sendo descoberta em uma derrota azul. O imortal havia sucumbido, e eu não conseguia acreditar nisso! Como? Com a vantagem do empate, jogando em casa, a torcida empurrando o time... Como pôde o imortal tricolor da Azenha descer do Olimpo e se tornar um reles mortal? Como?

Com a vitória colorada em pleno olímpico, vendo o contraste da alegria colorada e a tristeza tricolor, finalmente descobri o grande mistério azul...

Com um sorriso no canto dos lábios, descobri que o mistério azul é... VERMELHO!

VERMELHO DO SPORT CLUB INTERNACIONAL!

Parabéns pelo 40º. título gaúcho!

A propósito: esta terra tem dono!



Diego Moreira
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sexta-feira, 6 de maio de 2011

FALTA DE FAMÍLIA

Nossa sociedade está entrando em colapso.

Alguém já se perguntou o porquê de tanta violência, tanta falta de educação, falta de consideração, e outras coisas?

Na minha visão, a nossa sociedade somente está neste estágio por causa da família. Ou melhor, pela falta da família.

Você pode me perguntar: Mas como assim falta de família?

E eu respondo! Para mim é uma questão simples. Deixamos de viver em comunidade (temos de viver assim para o bom andamento da sociedade), e a família é a primeira comunidade onde vivemos, e onde temos as primeiras noções e ensinamentos sobre valores, ética, honestidade, etc.

Como maior exemplo hoje sobre o que falo, temos o casamento. Algo que deveria ser para a vida inteira, dura, algumas vezes, meses, ou poucos anos. E agora quem pergunta sou eu:

Como se desenvolve uma criança com pais separados? Não que os pais separados não tenham condições ou capacidade de criar seus filhos, mas acontece que se perde aquele referencial que você e eu temos de família, de convivência, de respeito ao espaço do outro, da referência de respeito e partilha com o próximo.

Hoje casar é muito fácil. E se separar é mais fácil ainda. Também tenho uma teoria sobre isso. Pergunte a qualquer jovem de 16, 18 ou 20 anos, quando ele pretende casar. A maioria das respostas será algo do tipo "depois que eu tiver uma profissão e estabilidade financeira, uma casa ou um carro" e coisas do tipo. Ninguém se importa mais de achar a pessoa certa, mas sim de ter o "tempo" certo. Temos que ensinar aos jovens que o amor não tem tempo.

Então, estes jovens se casam já com a vida relativamente construída. Mas não é mais como antigamente, quando um casal recém casado começava sua vida matrimonial do zero, quase sempre em uma casa alugada e com poucos móveis. E esses casamentos é que duraram (e duram) 40, 50 anos ou mais.

Hoje não se constrói nada junto. Quando casamos, ou casarmos, já teremos construído a nossa vida. Fica muito mais fácil se separar, não há uma história construída, pois cada um já tem a sua história. O bonito de um casamento é exatamente a construção de algo em conjunto, pois é exatamente isso que constrói uma base sólida para que uma relação possa durar algumas décadas.

Como eu disse, existe uma falta de família, que está se refletindo na nossa sociedade, e consequentemente na nossa vida. Será que ainda dá tempo?


Diego Moreira
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